Um empresário foi condenado a 57 anos de reclusão pelos crimes de pedofilia e por estuprar os dois filhos, um menino de dez anos e uma menina de um ano e meio, em Santos, no litoral de São Paulo. Ele vivia com a esposa e as crianças em uma creche e realizava transporte de materiais em pequenos carretos.
As investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal apontaram que o homem estuprou os próprios filhos e gravou os atos, que foram compartilhados e transmitidos na internet por meio de programas de conversa. Durante diligências, imagens e vídeos foram apreendidos e os arquivos utilizados como provas.
Segundo a Justiça, em uma das conversas mantidas com terceiros na internet, ele expôs e gravou o filho mais velho com a webcam. O objetivo era que outros homens vissem as partes íntimas da criança em um chat, além de ter tirado e compartilhado fotos e produzido vídeos aproveitando-se da condição de pai.
O juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, classificou como “repulsivas e abjetas” as imagens compartilhadas e produzidas pelo condenado. A pena foi aumentada principalmente depois que comprovado que as vítimas de estupro eram os próprios filhos do acusado, agora condenado.
A defesa ainda tentou alegar que o microempresário sofre de insanidade. Entretanto, laudos indicaram a inexistência de qualquer distúrbio, ou dependência de álcool ou drogas. “Assim, comprovada a imputabilidade do acusado, torna-se incabível a decretação de absolvição imprópria", estabeleceu o juiz.
As investigações foram iniciadas em 2015, quando ele foi preso preventivamente. “As ações foram perpetradas com o fim de satisfazer sua lascívia, e por certo acarretarão sérios comprometimentos e prejuízos à formação dos seus filhos", estabeleceu o juiz Roberto Lemos na sentença, proferida na última semana.
Fonte: G1 (FA)