O doleiro Lúcio Funaro relatou em seu acordo de delação premiada algumas operações fechadas com Geddel Vieira Lima na vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, cargo que ocupou entre 2011 e 2013, ou seja, no primeiro governo Dilma.
Os acertos continuaram mesmo com a deflagração da Lava-jato. Como o alvo inicial eram transações na Petrobras, os dois não acreditavam na possibilidade de serem pegos na Caixa.
Só pararam em 2016, pouco antes de o doleiro ser preso na Operação Sépsis.
A princípio, Eduardo Cunha e Geddel sequer se davam bem, porque já haviam sido pivôs de disputas internas no PMDB. Segundo Funaro, foi ele quem aconselhou Cunha a se aproximar do baiano, a fim de estenderem o esquema já montado no FI-FGTS para a vice-presidência do correligionário.
A primeira operação juntos foi o empréstimo de R$ 300 milhões à J&F, que acabara de ser criada.
(O Globo) Por Alberval Figueiredo