Insatisfeitos com as ações da Polícia Federal decorrentes da Operação Lava Jato, caciques do PP começam a ensaiar uma reação contra a presidente Dilma Rousseff. De acordo com o colunista Gerson Camarotti, da Globo, a atitude teria partido logo após estourarem, nesta última terça-feira (14), os mandados de busca e apreensão nas casas do presidente da legenda, senador Ciro Nogueira, e o líder da bancada no Congresso, deputado Dudu da Fonte.
Informações dão conta de que Três dirigentes do partido teriam dito ao colunista que foi fechado um discurso de defesa onde aponta que a presidente sabia do esquema de corrupção na Petrobras e argumentava que era uma herança do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma teria dito isso “com todas as letras” para o então ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.
À época, o PP estaria interessado em manter o delator Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento da estatal: “Não vou manter o Paulo Roberto Costa. Ele está envolvido num esquema pesado na Petrobras. Ele está fora”, teria dito a presidente. “Essa coisa da Dilma dizer que não sabia de nada não se sustenta. Os fatos mostram que ela sabia do esquema. E que só depois de um bom tempo no governo é que fez as mudanças na Petrobras”, observou um dirigente do PP.
De acordo com o colunista, a legenda é a que tem o maior número de parlamentares investigados pela Lava Jato.