Não caiu nada bem a afirmação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, presidente estadual do PMDB, de que vereadores estariam sendo “assediados" pelo banqueiro Marcos Mariani para barrar a construção de um prédio de 30 andares na Ladeira da Barra.
O vereador Gilmar Santiago (PT) explica o motivo que o levou a protocolar, na mesa diretora da Câmara Municipal de Salvador, um ofício pedindo averiguação da afirmação. “Me parece que ele (Geddel) fez contato com alguns vereadores no sentido de dizer que não tinha como foco atingir a Casa (CMS). Para mim, ele não ligou e como não me deu nenhum tipo de justificativa, em defesa da Casa, apresentei uma solicitação ao presidente, Paulo Câmara, para que ele acione a procuradoria jurídica e busque esses esclarecimentos", diz ao LD Notícias.
O petista ressalta: "Eu fiz a minha parte, que é zelar pela imagem do poder legislativo que eu acho que foi atingido quando ele se referiu a questão de um suposto assédio que os vereadores estavam tendo", justifica.
Já o vereador Euvaldo Jorge (PP), conversou com o ex-ministro. "Eu conversei com Geddel, que reforçou que o alvo foi o banqueiro. Mostrei a ele qual é a minha insatisfação sobre o que ele falou. Ele me explicou que não tem nada com nenhum vereador, mas que estava falando sobre o banqueiro. As explicações que ele me deu foram satisfatórias", explicou ao LD Notícias.
Na opinião do pepista, a declaração precisa ser apurada e a Casa respeitada. "Quando eu cheguei à Casa, mesmo com a decisão de dar entrada ao processo, outros vereadores já tinham feito isso antes de mim. Por isso, não fazia mais sentido eu fazer. Agora, eu acho que precisa saber realmente quem são os vereadores "assediados", até mesmo para ficar uma situação melhor para Casa, disse.
O prédio em questão é o edifício La Vue, de 30 andares e cerca de 126 metros de altura, que a Cosbat Empreendimentos constrói na Ladeira da Barra, próximo a áreas de proteção ambiental e patrimônios históricos. Pelo Twitter, o presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, havia afirmado que "o banqueiro Marcos Marianni (sic)está assediando vereadores". O "assédio" seria no sentido de barrar a construção do edifício, pois a família perderia a privacidade no local.
Foto: (Reprodução/Câmara Municipal de Salvador)
