Em meados do mês de agosto passado, o prefeito de Valença, Ricardo Moura (PMDB), através de uma participação espontânea no Ligação Direta 3ª edição da Valença FM, teve a humildade e coragem de dizer durante entrevista com o âncora do programa, deputado federal e radialista Marcos Medrado a seguinte frase : “erramos, mas a vontade de acertar é muito grande”. Está gravado no sistema de arquivo da emissora.
Quando o competente vereador Adailton Francisco (PT) diz que não houve planejamento na condução do processo de demissão dos 1.200 funcionários contratados da prefeitura, é porque realmente ocorreu e eu fico com a avaliação do vereador.
Todos se recordam que no mês de julho o prefeito Ricardo Moura assinou uma portaria demitindo esses funcionários e após o clamor social ele invalidou a portaria.
No mês de agosto, o prefeito voltou a assinar uma nova portaria demitindo novamente os funcionários, quando segundo informações de ouvintes, os professores comunicaram aos pais que as aulas estavam suspensas nas escolas municipais, como efetivamente ocorreu, porque foram demitidos.
Agora surge uma outra versão de que houve recontratação de professores. Não ficou claro se foi cancelado o concurso do REDA para a seleção de 365 funcionários, mantendo-se a demissão dos 1.200.
A justificativa e com todos os louvores, é a de que a folha de pagamento da prefeitura chega a 70% da arrecadação, ultrapassando o limite prudencial de 54% como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De sã consciência, esses fatos significam o quê? Falta de planejamento. Se houvesse planejamento, o prefeito Ricardo Moura, do alto da sua humildade não passaria por tantos momentos difíceis perante a comunidade, exibindo a fragilidade de seus assessores como se fosse a dele. Não existem duas verdades. Só existe uma, mesmo que se tente deturpa-la.
Por Alberval Figueiredo
Jornalista