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Ex-candidato à presidência do Panamá é preso no caso Odebrecht

José Domingo Arias foi detido quando tentava viajar sem notificar o Ministério Público.

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José Domingo Arias, ex-candidato à presidência do Panamá pelo partido do ex-presidente Ricardo Martinelli, foi detido provisoriamente na terça-feira (29) para que declare sobre a suposta entrega de dinheiro da construtora Odebrecht para sua campanha política, informou sua defesa. Arias foi detido no Aeroporto Internacional de Tocumen quando tentava viajar sem notificar o Ministério Público, que o está investigando por supostamente receber dinheiro da Odebrecht para sua campanha política.

O ex-candidato está no meio de um processo de indagação e não notificou seu movimento, sendo detido no aeroporto e levado para Promotoria que instrui seu caso, disse à Agencia Efe uma fonte judicial. Armando Guerra, advogado de Arias, disse aos jornalistas que o ex-candidato presidencial foi levado perante a Promotoria Anticorrupção, que ordenou sua detenção provisória de 48 horas. Guerra disse que "é uma ordem de prisão provisória e não um mandado de prisão preventiva".

"É um mandado provisório de prisão na pendência da determinação da situação jurídica" do seu cliente, acrescentou Guerra, destacando que o MP consultará nesta quarta no Tribunal Eleitoral a existência de "um possível privilégio eleitoral" de Arias. Em junho, após seu primeiro depoimento, Arias, ex-candidato do partido Mudança Democrática (CD) de Martinelli, negou ter recebido dinheiro da Odebrecht para apoiar sua campanha política nas eleições gerais de 2014. "Não, não recebemos dinheiro da Odebrecht" para a campanha, disse Arias aos jornalistas depois de terminar com um longo depoimento na Promotoria Anticorrupção.

O politico observou desta vez que "a verdade é a verdade", que esta "foi entregue e apresentada o dia de hoje", e esclareceu que sempre teve "a responsabilidade total de sua campanha". Ele acrescentou que não recebeu nenhuma medida cautelar e que irá todas vezes que for necessário na Promotoria com "as provas que são necessárias para verificar a transparência" da sua campanha presidencial.

Fonte: G1