Apesar do calendário apertado, a viagem do presidente Michel Temer e o fato de o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumir o comando do país podem atrasar ainda mais o calendário. Alguns líderes aliados e da oposição acreditam que a semana será de negociações e que os lados terão que ceder se quiserem votar a reforma política. O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), disse que as negociações terão que avançar e que acredita que as votações ficarão para a próxima semana, quando Temer e comitiva retornarão da China. Mesmo assumindo a Presidência da República, Maia deve comandar negociações para que se tente um acordo até a sessão da noite. Mas a prioridade nesta terça-feira, para o governo, será concluir a votação da Medida Provisória da TLP — a nova taxa de juros do BNDES.
Zarattini defende que se faça um acordo em torno de pontos consensuais, deixando o distritão de lado. Para ele, o acordo seria feito em torno da adoção da cláusula de desempenho; fim das coligações e criação do fundo eleitoral. Na semana passada, a Câmara retirou do texto a previsão de R$ 3,6 bilhões como valor para o fundo, mas o texto da reforma nem foi votado.
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