Brasil

Randolfe e MPF entram com ações na Justiça contra extinção de reserva na Amazônia

Ações pedem revogação de decreto do Governo Federal que liberou área de 4 milhões de hectares estudos visando mineração.

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Reserva tem alto potencial para ouro e outros metais (Foto: Arte/G1)O Senador Randolfe Rodrigues (Rede) e o Ministério Público Federal (MPF) protocolaram na tarde desta segunda-feira (28) na Justiça Federal ações distintas com o mesmo objetivo: a revogação do decreto federal que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), uma área de 4 milhões de hectares com potencial mineral no Sul e Sudeste do Amapá e Norte do Pará. As ações foram distribuídas na 1ª Vara Federal Cível do estado. O pedidos exigem de forma liminar a suspensão da medida, alegando os prejuízos ambientais com a abertura da atividade mineral na Renca, que tem 69% do seu território coberto por unidades de conservação. Apesar de o governo justificar que a Renca se trata de uma área mineral e não ambiental, os requerentes argumentam que desde a criação, nove unidades de proteção florestal foram incorporadas em territórios da reserva, sendo cinco delas no Amapá.

"O objetivo de criação da Renca era por causa de questões de soberania nacional, mas na época não tinha nenhuma unidade de conservação e de lá pra cá quase toda a área ficou preservada. Não existe o argumento de que é possível a atividade minerária em alguma lugar, e mesmo se houvesse mineração seria no entorno das unidades de conservação, e não existe nenhuma atividade minerária no mundo que não tenha poluição de rios", comentou Randolfe.

Reprodução: G1 – Amapá