Uma mulher de 37 anos morreu depois de perder 45 kg em seis meses com uma dieta radical sem acompanhamento médico. A consultora Cintia Cunha morreu no último domingo (12), na Zona Leste de São Paulo, após entrar em coma e sofrer falência múltipla dos órgãos.
Segundo o Jornal Extra, ela chegou a ser internada várias vezes por conta de uma anemia profunda e infecções antes de morrer.
Familiares contaram que Cintia iniciou a dieta em fevereiro deste ano e comia apenas 400 calorias por dia, quando o ideal é consumir cerca de 2 mil.
Segundo uma amiga que conheceu Cintia em uma comunidade sobre obesidade do Facebook, ela teria perdido o controle depois de um rapaz falar que ela “era gorda e não conseguiria nada na vida dessa forma”. Na época, Cintia pesava 115 kg e já estava em processo de emagrecimento.
"Depois desse comentário, ela surtou. Quis emagrecer a qualquer custo. Começou, então, a fazer uma dieta muito severa por conta própria, sem acompanhamento médico, à base de 400 calorias por dia. Ela só tomava suco, não comia mais nada, dizia que era para desintoxicar o organismo. O que aconteceu foi que a imunidade começou a baixar e, como já tinha problemas de saúde decorrentes da obesidade, ficou anêmica", contou Lucilene Peters ao Extra.
Lucilene explicou que a situação da amiga começou após a primeira internação, em março, por conta de uma anemia. "Adquiriu uma infecção, pneumonia e teve problemas no fígado e no coração. Cada hora era uma coisa, passava dois, três dias em casa e já voltava ao hospital", lembra.
Ainda de acordo com Lucilene, ela parou de responder aos efeitos dos remédios e chegou a viver à base de morfina. "Antes dessa dieta louca, chegou a fazer um acompanhamento nutricional, mas acho que ficou muito abalada com o comentário do rapaz sobre seu peso. O erro dela não foi querer emagrecer, foi fazê-lo da forma errada, muito rapidamente, e todo mundo sabe que não é saudável", lamenta Lucilene.
Em abril, internada em um hospital, a consultora chegou a gravar um vídeo para alertar sobre o perigo de um emagrecimento rápido e sem acompanhamento médico. “Um dia, uma pessoa me falou que eu não seria ninguém se fosse gorda. E aí o que aconteceu? Emagreci 45 quilos em menos de seis meses. E o resultado é esse: vivo internada na UTI, doente e com risco de vida. Temos que procurar nos amar como somos. Se alguém quer emagrecer, acho que tem que fazê-lo por causa da saúde, e não motivado pela opinião alheia”, desabafou.
Foto: Reprodução/Facebook