Polícia

Ex-Uber diz que ficou surpreso com denúncia de que teria acariciado menor

Condutor foi expulso do aplicativo; polícia diz que ele será indiciado pelo crime de "constrangimento".

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O motorista expulso do Uber, que havia sido denunciado de ter acariciado uma adolescente de 13 anos pela mãe da menor, em Salvador, se apresentou à polícia, na terça-feira (23) e disse estar 'surpreso' com a acusação. Após também ouvir a menor, a polícia disse ele vai ser denunciado pelo "crime de constrangimento" e não por estupro de vulnerável.

O ex-condutor do aplicativo, José Santana Ribeiro, disse que não sabe porque foi denunciado. “Eu não sei. Eu fiquei surpreso, chocado. Eu nunca estive em uma delegacia. Tenho 44 anos e nunca fui preso, graças a Deus”, afirmou, em entrevista.

A mãe havia denunciado que a filha foi acariciada durante uma corrida, a caminho da escola, na segunda-feira (21). Segundo a polícia, a mãe disse que a adolescente teria sido tocada pelo motorista nos braços e nas pernas. Já a menor contou à polícia que foi segurada na mão pelo motorista.

José Santana disse que havia mudado o trajeto da corrida porque o tráfego estava lento no caminho. “Eu mudei o itinerário, porque pela rota a gente sairia pela Uneb, desceria pela Baixinha do São Gonçalo. Estava engarrafado. Eu falei para ela para pegar a Avenida Paralela, Luís Eduardo, San Martin e Largo do Tanque”, afirmou, à imprensa.

A delegada do caso, Ana Crícia de Araújo Macêdo, diz que o toque na mão denunciado pela adolescente não pode ser considerado estupro. “O único toque físico que ela fala foi que ele teria segurado a mão dela. Não pode configurar crime de estupro de vulnerável. Não é suficiente para isso. Vai ser indiciado como crime de constrangimento, previsto no artigo 232, do Estatuto da Criança e do Adolescente”, informou.

Fonte: G1