Salvo de enfrentar uma denúncia por corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer (PMDB) tem pago a fatura das articulações por votos pró-arquivamento da ação oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O centrão tem pressionado o peemedebista pela reorganização dos cargos de primeiro escalão governo. Eles pedem a diminuição do espaço do PSDB pela falta de fidelidade do partido à gestão, já que quase metade dos parlamentares da sigla votou a favor do prosseguimento da denúncia. Entretanto, Temer tem sinalizado que reacomodará o centrão em cargos do segundo e terceiro escalões.
Nesta terça (16), nomeou João Salame Neto, ligado ao PP, para o cargo de diretor do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde, setor que cuida, por exemplo, do Programa de Saúde da Família. Entretanto, o apetite do bloco por cargos é maior. Segundo a coluna Radar On-Line, da revista, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), entrou na linha de fogo dos parlamentares. São recorrentes os pedidos a Temer para que o tucano seja retirado do cargo. Eles, inclusive, indicaram o nome do líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), para o posto de articulador político do Planalto. O parlamentar é de um partido do chamado “baixo clero” e o pessoal do centrão defende que a pasta seja comandada por alguém da mesma “casta” política.
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