Bahia

Policiais do sul da BA decidem não mais atuar no Carnaval de Salvador

Categoria reclama que o valor recebido pela diária e pelo plantão é muito baixo

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Nesta quarta-feira (9), policiais civis do sul da Bahia, de Ilhéus e Itabuna, assinaram um documento em que desistem de trabalhar no carnaval de Salvador no próximo ano. O ato é consequência de uma campanha feita pelo sindicato que representa a categoria, Sindpoc. "Requerimento de Desistência" acontece em protesto aos valores que são pagos pelas diárias e horas extras dos policiais civis na festa.
 
Segundo o sindicato, a assinatura significa que a categoria não pretende aderir à escala do carnaval que é imposta pelo Governo do Estado. Além dos valores pagos pelos dias trabalhados durante o carnaval, os servidores reivindicam o decreto de promoção, os reajustes lineares dos anos de 2016 e 2017 e o Projeto de Reestruturação das Carreiras encaminhado pelas entidades da Polícia Civil à SAEB.  
 
O sindicato pretende realizar reuniões e mobilizações em todas as Coordenadorias do interior baiano, nas delegacias de Salvador e Região Metropolitana para discutir a possibilidade de não aderência à escala do carnaval. Nesta quinta-feira(10), será em Porto Seguro, e sexta-feira(11), em Eunápolis. 
 
Segundo o presidente do sindicato, Marcos Maurício, o Requerimento de Desistência não possui caráter de greve e nem de paralisação. O sindicalista destaca que os policiais irão manter os serviços de acordo com a carga horária normal de 40 horas semanais. O impasse consiste na aderência à escala do carnaval que é imposta pelo Governo do Estado. A categoria questiona os valores pagos pelas diárias e horas extras durante a festa carnavalesca. 
 
"Esse quadro reflete a gestão ruim da Secretaria de Segurança Pública que, atualmente, alega não possuir recursos nem para comprar uma água mineral para as unidades policiais. O Governo do Estado deve rever a forma como administra a segurança pública e ter maior sensibilidade com os policiais que diariamente doam suas vidas em defesa da sociedade", protesta Marcos Maurício.

Fonte: Bocão News