Brasil

Mulher é morta após bandidos roubarem celular na Zona Norte de SP

Número de latrocínios, roubo seguido de morte, aumentou 157% em junho de 2017.

NULL
NULL

Uma mulher morreu, na noite desta quarta-feira (26), na Brasilândia, Zona Norte da cidade de São Paulo, após dois homens roubarem seu celular. Ela voltava do trabalho e levou dois tiros na rua de casa.

A vítima e uma amiga foram abordadas por dois homens que queriam roubar celulares. Um deles pegou o telefone de Monica Mendes, de 49 anos, e atirou duas vezes contra ela.

O filho da vítima ainda chegou a leva-la para o hospital, mas ela não sobreviveu. Mãe de dois filhos e com duas netas, Monica trabalhava como atendente e se assustou ao ser abordada pelos bandidos. “Ele colocou a mão no bolso dela, puxou, catou o celular e atirou nela”, conta a aposentada Maria Aparecida Gomes, que acompanhava a vítima.

Josué Mendes Padilha lamenta a morte da mãe. “Por causa de um celular? A vida do ser humano está valendo o que?”

O caso foi registrado no 72ºDP.

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o número de casos de latrocínio, roubo seguido de morte, aumentou 157% em junho de 2017 no comparativo com o mesmo período de 2016. Foram 11 casos a mais de latrocínio em 2017, sendo 18 em 2017 e 7 em 2016. Considerando o primeiro semestre, o aumento foi de 51 para 74, crescimento de 45%.

Dados de segurança

A SSP divulgou, nesta terça-feira (25), os dados de segurança de São Paulo. Os roubos de carga registraram elevação de 13%, sendo 511 casos em 2017 e 451 em 2016.

O índice de furtos sofreu elevação de 11,75% no mês. A capital paulista ainda registrou aumento nos crimes de estupro, roubo em geral e roubo a banco.

Casos de roubos de veículos registraram queda, com 447 casos a menos, sendo o menor índice para o mês desde 2008. Furto de veículo computou redução de 15,31% – o menor número desde 2011, afirmou o secretário Mágino Alves Barbosa Filho.

Homicídios no estado

No estado de São Paulo, a taxa de homicídios registrou alta de 3,86%, com nove casos a mais em junho de 2017. O secretário defendeu que o índice não representa uma elevação no indicador.

“É um caso atípico, a gente tem registrado constantes diminuições no indicador de homicídios, tanto é a assim que, no período de janeiro a junho, nós temos uma redução de 66 casos, uma redução da ordem de 3,82%. Nesse caso do homicídio, ele está fora da normalidade dos nossos indicadores. É algo que não representa uma tendência e está fora da curva. Acredito que a gente retoma a normalidade do indicador já agora no próximo mês", defendeu.

Uma das justificativas para tal crescimento, segundo o secretário, foi o aumento do número de homicídios na Grande São Paulo – 26 casos a mais em junho deste ano (no comparativo com 2016). Ele ainda afirma que a elevação foi provocada por crimes domésticos.

Fonte: G1