O trabalhador rural quilombola Lindomar Fernandes Martins, de 37 anos, foi morto a tiros na madrugada de domingo (16), no povoado de Iúna, em Lençóis, na Chapada Diamantina.
De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu em uma estrada que dá acesso ao povoado. A vítima foi encontrada com marcas de tiros na cabeça.
A delegada Mariella Campos Sales Silveiro diz que a polícia investiga a hipótese de latrocínio, já que a vítima foi achada sem a motocicleta em que estava antes do crime. A polícia fez buscas pelo suspeito e pelo veículo, mas ninguém foi preso e a motocicleta não foi recuperada até esta terça-feira (18).
Segundo a delegada, testemunhas informaram que, antes do crime, ele estava em um bar com a esposa. Ela saiu do local antes do marido, que teria saído em seguida e depois foi achado morto.
Em nota, a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra-BA) declarou pesar pela morte de Lindomar Martins e prestou solidariedade à família da vítima.
Segundo o Incra-BA, ele é o segundo trabalhador rural quilombola morto no estado, em menos de uma semana. Na quinta-feira (13), o líder quilombola e trabalhador rural, José Raimundo Mota de Souza, foi morto no território quilombola Jiboia, que fica no município de Antonio Gonçalves.
Ainda segundo o Incra-BA, Lindomar teria sido morto após ter a casa invadida, no território quilombola de Iúna. A polícia não confirma a invasão ao imóvel.
O Incra-BA afirma ainda que irá oficiar a Polícia Civil para obter mais informações sobre o assassinato de Martins e também acionará a Delegacia Agrária. A superintendência informou ainda que já havia dado início ao processo de regularização fundiária da comunidade de Iúna.
O Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) está pronto e será apresentado ao comitê de decisão regional da instituição.
Reprodução/G1