Os professores da rede pública municipal de Salvador cruzam os braços hoje (12) pelo segundo dia consecutivo, em paralisação de 48 horas por reajuste salarial e advertência para uma possível greve da categoria. A paralisação foi definida em assembleia na semana passada, na qual os profissionais rejeitaram a contraproposta da Prefeitura de Salvador e mantiveram o indicativo de greve.
A agenda de paralisação dos trabalhadores e trabalhadoras em Educação do município de Salvador continua na manhã desta quarta-feira, 12, com a manifestação da categoria em frente ao Shopping da Bahia.
Os trabalhadores se mantêm unidos e mobilizados contra a política do zero do Prefeito ACM Neto, que nao concede reajuste salarial há 2 anos, nem outros direitos previstos em lei. A luta também é contra a Reforma Trabalhista, aprovada pelo Senado nesta terça-feira, 11, e que segue para sanção do ilegítimo Michel Temer.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, “os direitos previstos no plano de carreira não substituem o reajuste” reivindicado pela categoria. O sindicato informou ainda que a contraproposta do executivo, rejeitada, foi apresentada na terceira rodada de negociações.
Em carta aberta à população, o sindicato informa que os professores municipais estão sem reajuste há dois anos. No mesmo documento, denunciam a ameaça de corte de pontos e de demissões (em casos dos contratados por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). Além, do reajuste salarial, os professores reivindicam a liberação das mudanças de nível e melhores condições de trabalho.
Outro lado
Em nota, a Secretaria de Educação do Município de Salvador anunciou que a prefeitura tem conversado com as categorias sobre as reivindicações. A proposta do executivo é a concessão do avanço de referência para todos os servidores efetivos da educação, a partir de setembro de 2017, o que equivale a 2,5% de aumento.
Na nota há uma comparação da média salarial dos professores da rede municipal com o Piso Nacional do Magistério. Segundo a prefeitura, o município paga uma média de R$ 7 mil, enquanto o piso estabelece o valor mínimo de R$ 2.298.
De acordo com a Secretaria de Educação, levantamento realizado nas escolas no primeiro dia de paralisações foi constatado que 37,5% das escolas não funcionaram, enquanto que mais de 60% das unidades escolares tiveram aulas.
De acordo com o sindicato, uma nova assembleia da categoria será realizada na próxima terça-feira (18).
Agencia Brasil