Brasil

Dilma convoca reunião com líderes e presidentes de partidos aliados

Conselho político se reuniu pela última vez em abril deste ano.

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A presidente Dilma Rousseff convocou para a noite desta segunda-feira (6), no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, reunião com os integrantes do chamado conselho político do governo.
O grupo, formado por presidentes e líderes de partidos que compõem a base aliada no Congresso Nacional e ministros mais próximos da petista, não se reunia havia cerca de três meses.
Os principais políticos do PSDB criticaram neste domingo (5) o governo da presidente Dilma Rousseff. Presidente do partido, o senador Aécio Neves (MG) chegou a dizer que o grupo petista "está caminhando a passos largos para a interrupção deste mandato".
A reunião foi convocada pela presidente no início da tarde desta segunda e não constava da agenda oficial divulgada pela Secretaria de Comunicação Social. O grupo não é o mesmo que se reuniu no começo da manhã, a chamada “coordenação política”, que é formada por Dilma, o vice-presidente Michel Temer e ministros e se reúne às segundas-feiras pela manhã.
 

O último encontro do conselho político do governo ocorreu em abril deste ano, em meio à votação das medidas provisórias do ajuste fiscal no Congresso Nacional. Na ocasião, Dilma pediu apoio das legendas para garantir a aprovação dos projetos, entre eles a Medida Provisória 665, que alterou o acesso da população ao seguro-desemprego.
O Conselho político foi criado durante a campanha eleitoral do ano passado. À época, Dilma se reunia semanalmente na residência oficial com os presidentes dos partidos aliados, como PT, PMDB, PC do B e PSD, para definir as estratégias que seriam adotadas para garantir a reeleição da petista.
Oposição
Neste domingo (5), o senador Aécio Neves, ao ser reeleito como presidente do PSDB, afirmou em seu discurso que o grupo político que governa o país "está caminhando a passos largos para a interrupção deste mandato" e disse que a presidente "não governa mais".
Aécio disse, também durante o seu discurso no domingo, que o governo da presidente Dilma Rousseff pode chegar ao fim "talvez mais breve do que imaginam".

Na manhã desta segunda (6), o vice-presidente Michel Temer comentou a afirmação do líder da oposição, que perdeu as eleições para Dilma Rousseff em 2014. "Todos nós esperamos que seja só daqui a três anos e meio [o fim do governo], quando haverá novas eleições", afirmou Temer.
Temer afirmou, ainda, que o governo de Dilma tem apoio do Congresso e que não há crise política no país (veja vídeo ao lado).
Golpe
Após participar de cerimônia no Palácio do Planalto nesta segunda, o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, foi questionado por jornalistas sobre o “aumento no movimento que pede o impeachment da presidente Dilma”. Na avaliação dele, não há base legal para que alguém defenda o impeachment da petista e, quem o faz, “defende posição de golpe”.
“Não há nenhuma base legal e jurídica que dê justificação a um pedido de impeachment [da presidente Dilma]. Então, quem defende uma posição desta natureza está defendendo uma posição de golpe ao estado democrático de direito e à Constituição da República Federativa do Brasil”, ressaltou.
Para o ministro, o que justifica a existência de um governo é o voto popular e não “pesquisas de opinião pública que mudam ao longo do tempo”. "Nós temos um governo eleito democraticamente, eleito legitimamente e há que se respeitar a Constituição. […] O Brasil, no passado, não respeitou sua Constituição e caminhou para trás. Então, há que se respeitar a Constituição", acrescentou.

Fonte: G1 – Político

(Foto: Reprodução: O pipoco)