Política

Senadores baianos avaliam que arquivamento de ação contra Aécio fere imagem da Casa

Mas em um ponto eles concordam: a decisão desta quinta-feira (6) tirou a credibilidade da Casa legislativa.

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Os senadores baianos não concordaram com a decisão do Conselho de Ética do Senado que arquivou em definitivo o pedido de cassação contra Aécio Neves (PSDB-MG). Lídice da Mata e Otto Alencar não são titulares do colegiado e tomariam posições diferentes caso participassem da sessão que livrou momentaneamente o parlamentar mineiro de uma punição.

Mas em um ponto eles concordam: a decisão desta quinta-feira (6) tirou a credibilidade da Casa legislativa. Otto foi o mais duro nas críticas. "O Conselho de Ética deveria ser extinto.

Se não vai investigar uma coisa dessa natureza, vai investigar o que?", disse em entrevista ao Bahia Notícias. Ele gostaria que o colegiado votasse pela admissibilidade da ação contra Aécio e comparou o caso com o que aconteceu com o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), cassado em maio de 2016.

Ele avalia que as duas denúncias possuem teor semelhante e a decisão contra Delcídio se deu pelo fato dele representar o PT. "O Conselho de Ética, a grande maioria é dos partidos aliados a Michel Temer. Como existe um acordo para o PMDB salvar Aécio, e o PSDB salvar Temer, a coisa funciona desse jeito", acusou o senador. O senador Roberto Muniz foi procurado pelo Bahia Notícias, mas não respondeu as ligações.

Já Lídice apoia a decisão que devolveu a Aécio o direito de retomar as atividades parlamentares, mas defende também que o Senado deveria aguardar uma posição do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de optar pelo arquivamento do caso no Conselho de Ética.

"O simples arquivamento da questão deixa uma situação de questionamento da credibilidade do Senado. "Não seria ruim para o senador Aécio e nem para o senado que essa medida não fosse analisada agora, esperando uma decisão do Supremo", sustentou.

A representação contra Aécio por quebra de decoro parlamentar foi arquivada por 11 votos a 4. Ele retomou seu mandato na terça-feira (4), depois de passar 45 dias afastado do Senado por decisão do ministro Edson Fachin, do STF.

BA.Notíicias//////AF