Brasil

Quadrilha que tinha proteção de PM é alvo de operação no RS

Ao todo são cumpridos mais de 70 mandados, sendo 35 de prisão.

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Uma operação conjunta foi desencadeada na madrugada desta quinta-feira (6) para prender uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas em Cachoeira do Sul, na Região Central do Rio Grande do Sul. São cumpridos mais de 70 mandados, sendo 35 de prisão preventiva e 37 de busca e apreensão.

A investigação iniciou após a Brigada Militar receber a informação de que um sargento da corporação estava dando proteção ao líder do tráfico na cidade há cerca de um ano. Em seguida, a informação foi repassada para a Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público, que começou a investigar. Durante esse período, quase 20 kg de entorpecentes foram apreendidos pela Polícia Civil.

Participam da operação mais de 250 agentes do Ministério Público, da Polícia Civil e da Brigada Militar, que contam com o apoio de um helicóptero.

Nesta quinta, são realizadas buscas em casas, empresas e nos presídios de Cachoeira do Sul e Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo.

MP suspeita que dinheiro do tráfico era "lavado" em revenda de carros

Há indícios de que parte do dinheiro angariado pelo tráfico de drogas era lavado com a revenda de carros que era de propriedade da companheira do líder da facção, e irmã do sargento investigado.

Além da revenda, outras duas empresas são de propriedade de mulheres de "gerentes" da quadrilha e eram utilizadas para lavar dinheiro.

Conforme o Ministério Público, os integrantes da facção eram contratados regularmente por essas empresas, inclusive com carteira de trabalho. E, quando fossem presos, teriam o direito ao auxílio reclusão – R$ 500 desse valor era direcionado para o pagamento mensal de advogados.

Além disso, as empresas forneciam as cartas de emprego para que os membros da facção pudessem progredir para o regime semiaberto com saída externa.

Quatro taxistas estão entre os investigados. Eles são suspeitos de fazer o transporte de drogas dos pontos de venda aos clientes, ao preço da corrida mais o valor da droga.

Os taxistas também agiam como motoristas contratados pela facção para o recolhimento dos valores arrecadados durante o dia de trabalho nas “bocas” e transportavam dinheiro do grupo.

Fonte: G1