Brasil

Hospital investiga caso de mulher com suspeita de ter contraído raiva no Recife

Internada na UTI do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, ela se encontra em estado grave.

NULL
NULL

Paciente está internada no Hospital Oswaldo Cruz, na região central do Recife (Foto: Marília Falcão/Divulgação)

Uma mulher de 30 anos está internada em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), ligado à Universidade de Pernambuco (UPE) e referência nesses casos, no Recife. Os médicos investigam a suspeita de que ela teria contraído raiva humana de um gato, no Recife.

A investigação foi confirmada nesta quinta-feira (29) pela UPE. De acordo com a diretoria do hospital, a paciente do sexo feminino, de 30 anos, foi encaminhada do Hospital Agamenon Magalhães. Ela está no Huoc desde o dia 26 de junho, onde cehgou "já em estado muito grave e assim permanece, com alto risco de morte", segundo nota divulgada pela universidade.

Os exames necessários para o diagnótico da suspeita de raiva rumana, ainda não confirmada, foram encaminhados para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen) e estão a caminho de São Paulo. Ainda não há data específica para os resultados chegarem.

Raiva em humanos

A raiva é uma doença de origem viral transmitida, em geral, por mordidas de animais, arranhão ou mesmo lambida. Quando mordidas, as pessoas devem tomar vacina e soro logo após o incidente que teria ocasionado a transmissão do vírus. Mas, quando esse sistema não é bem aplicado ou o paciente não toma as vacinas, a doença se desenvolve, causando inflamações no cérebro e na medula. Quando isso acontece, a maioria dos pacientes não sobrevive.

Mordido por um morcego contaminado em 2008, um jovem pernambucano de Floresta é considerado o primeiro caso de cura de raiva humana no Brasil. Ele passou 11 meses internado justamente no Houc, onde uma técnica desenvolvida nos Estados Unidos, que salvou um paciente em 2004, conseguiu ser aplicada com sucesso pela primeira vez.

Desde 2004, não há registro de raiva canina ou felina no Recife. O último registro de raiva humana na capital ocorreu em 1998.

Reprodução/G1