Os 15 policiais rodoviários federais presos em operação da Polícia Federal nesta quinta-feira,22 em municípios do Triângulo Mineiro, praticavam atos de corrupção há, no mínimo, 10 anos. É o que afirma o delegado da Polícia Federal em Uberlândia, Carlos Henrique Cotta Dângelo;
De acordo com o delegado, as investigações começaram no fim de 2016, após denúncia da corregedoria da Polícia Rodoviária Federal. "Foram aproximadamente sete meses de investigação depois que a corregedoria da PRF em Belo Horizonte ..
Segundo ele que eram muitas as informações dando conta de que estariam ocorrendo problemas nas rodovias de acesso a Uberlândia. Trabalhamos juntos, investigamos e entregamos o inquérito ao judiciário".
Os policiais, segundo o delegado, agiam individualmente há mais de 10 anos. Ele descarta a possibilidade de associação criminosa. "Eles estavam agindo em todas as oportunidades de obtenção de lucro, temos relatos de testemunhas que denunciavam esses atos há mais de 10 anos que foram confirmados agora com as investigações.
Trabalhavam sozinhos e praticavam os atos sempre que vislumbravam uma chance de ganhar rendas ilícitas. Para se ter uma ideia, um policial sozinho foi flagrado por mais de 20 vezes negociando às margens das rodovias,"contou.
O grupo de policiais que atuava nas BRs 153, 050 e 365, que dão acesso aos municípios de Uberlândia, Monte Alegre e Araguari, escolhiam os pátios de recolhimento para onde os veículos apreendidos eram levados. "Eles tinham um esquema com proprietários de pátios para que os veículos de grande porte, que rendem mais dinheiro na apreensão, fossem levados para esses locais," afirmou o delegado.
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