Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (14), o doleiro Lúcio Bolonha Funaro reconheceu que operou o caixa 2 do PMDB e fez acusações contra ao presidente Michel Temer (PMDB). Conforme o jornal o Globo, uma pessoa com acesso ao interrogatório de Funaro, afirmou que o doleiro confirmou que Temer tinha o doleiro sustentou que Temer de doações ilícitas de campanha feitas à legenda entre os anos de 2001 a 2016, quando foi presidente do PMDB.
Ao longo de quatro horas, o doleiro falou também sobre como funcionavam nomeações a cargos públicos articuladas pelo PMDB e associadas a desvios de recursos. Apontado como aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em esquemas de corrupção, Funaro está preso há quase um ano. Nas últimas semanas, ele contratou um advogado especialista em delação premiada.
Ainda na oitiva, o doleiro negou ele ou seus familiares tenham recebido recursos da J&F,controladora da JBS, para se manter calado. Funaro atribuiu o recebimento de recursos dos irmãos Batista a três contratos legais que mantinham com ele para prestação de serviços em operações de mercado.
As investigações da PF, no entanto, apontam que o dinheiro seria para comprar o silêncio do doleiro na cadeia.
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