Bahia

Amigos e familiares de pedagoga morta em Vera Cruz fazem ato na Uneb

Ato aconteceu no campus de Salvador. Universidade fez pedido formal ao governador para resolução do caso

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Professores, alunos, amigos e familiares da pedagoga Helem dos Santos Moreira fizeram um ato no campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Salvador, em memória da ex-aluna e para cobrar apuração do assassinato, que aconteceu em Vera Cruz. De acordo com a assessoria, a universidade fez uma solicitação formal ao governador Rui Costa para cobrar empenho na resolução do caso. Um ofício foi enviado pelo reitor José Bites.

“Em sua trajetória, esta Universidade sempre se posicionou ao lado dos grupos sociais mais vulneráveis e pela defesa dos seus direitos. […]Desta forma, solicitamos que as apurações sejam encaminhadas não somente no âmbito da Ilha de Itaparica, mas que tenha o tratamento investigativo consistente e suporte jurídico ampliado”, diz o documento, enviado na segunda-feira (12).

O ato em homenagem à pedagoga aconteceu nesta quarta-feira (14) e teve como objetivo apresentar as ações que estão sendo discutiras para o fortalecimento da luta contra o feminicídio. Além disso, a Uneb programa audiências junto às Secretarias Estaduais de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e de Políticas para as Mulheres (SPM), para promover uma campanha permanente contra a violência à mulher e o feminicídio.

Prisão
Marido de Helem, o taxista Ângelo da Silva, 25 anos, é suspeito de matá-la foi preso na última segunda-feira (12). Ele se apresentou à polícia junto com um advogado. Na delegacia, Ângelo afirmou que o crime foi motivado por um vídeo íntimo da pedagoga, no qual ela estaria com outro homem. Ângelo continua preso temporariamente. De acordo com o delegado Geovane Paranhos, titular da 24ª Delegacia (Vera Cruz), o inquérito deve ser concluído na próxima segunda-feira (19), e então, será solicitado o pedido de conversão para prisão preventiva. 

Helem foi morta a facadas dentro de casa. O corpo da pedagoga foi encontrado pelo sogro, com três perfurações no pescoço e apenas de calcinha. O marido fugiu logo após o crime. Ângelo não tinha passagem pela polícia e vai responder pelo crime de feminicídio. Em depoimento, o taxista confessou o crime e relatou que, no dia do assassinato, ele teria retirado o cartão de memória do celular da esposa e encontrado nele um vídeo íntimo. Nas imagens, segundo ele, era possível ver a pedagoga na companhia de outro homem. "Ele disse que estava muito arrependido, mas durante a declaração não foi possível, na minha opinião, constatar arrependimento por parte dele", afirmou o delegado.

Reprodução: Correio 24 horas