Os três policiais suspeitos de espancar e matar um preso dentro de uma delegacia de Porto Seguro, no sul da Bahia, em julho de 2012, foram demitidos pelo governo do estado. A dispensa dos cargos foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (15), cerca de cinco anos após o crime. O filho de um dos policiais também participou da agressões que provocaram a morte da vítima, mas ele não integrava a instituição. Não há informações sobre o processo contra ele. A dispensa dos policiais Otávio Garcia Gomes, Joaquim Pinto Neto e Robertson Lino Gomes da Costa, ocorreu por orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Eles foram condenados este ano pelo crime, mas não há detalhes sobre as sentenças e nem como eles eles cumprem a decisão.
O G1 tentou falar com a Polícia Civil e com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), sobre o caso, nesta quinta-feira, mas, até a publicação desta reportagem, não conseguiu contato.
Caso
Atavés de imagens registradas pelo sistema de segurança da Delegacia de Porto Seguro, os policiais foram flagrados conversando e simulando o momento da agressão ao detento. O caso ocorreu no dia 14 de julho de 2012. Segundo a polícia, o espacamento ocorreu dentro da sala de investigação da unidade policial. Nas imagens, os policiais também aparecem carregando o preso para fora da unidade policial, logo após o espancamento. Ainda no vídeo, é possível notar um dos policiais com um pedaço de madeira na mão, aparentemente explicando para outro agente como foi a agressão. O detento, de 21 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu em uma unidade de saúde. O laudo pericial apontou que a vítima sofreu traumatismo craniano.
Reprodução: G1 – Bahia
