Um morador do bairro Fazenda Grande II, em Salvador, está entre os 28 presos da Operação Moikano, feita pela Polícia Federal (PF), na última terça-feira (30) para combater a pedofilia.
Na casa do homem de 35 anos, que não teve o nome revelado, foram apreendidos um computador e mídias, os quais ainda serão analisados pela polícia. Segundo a PF, ele faz parte de um grupo de compartilhamento de pornografia infantil na Internet. Outro indivíduo morador do Stiep também é alvo das investigações, mas não foi encontrado em casa.
Foram 31 mandados de prisão preventiva, 28 deles cumpridos, e 50 de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal de Sorocaba/SP. Cerca de 250 policiais federais cumpriram os mandados nos estados de São Paulo, Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Segundo nota da PF, as investigações começaram em abril do ano passado, depois de uma busca domiciliar que aconteceu na cidade de Itu/SP. Na ocasião, foi preso em flagrante um homem que se apresentava nos grupos na Internet com o apelido de 'Moikano'.
Rede internacional
Ainda segundo nota da PF, Moikano mantinha página em uma famosa rede social, na qual partilhava diversos arquivos envolvendo filmagens e fotografias de conteúdo pedófilo.
A partir dos contatos desse investigado descobriu-se uma grande rede internacional de compartilhamento de arquivos contendo fotos e vídeos de abuso sexual de adolescentes e, principalmente, de crianças.
Foram descobertos 50 suspeitos atuando no Brasil e 70 em outros países. As informações sobre os estrangeiros foram repassadas para autoridades policiais de 11 países.
Bando cria cartilha
A divulgação dos arquivos formava uma extensa rede internacional de divulgação de pedofilia. Ainda segundo as investigações da PF, o grupo ainda partilhava orientações sobre a forma de conquistar a confiança das crianças. Um suspeito chegou a ser preso antes de cometer o abuso sexual.
Os investigados responderão criminalmente, de acordo com suas participações, por armazenamento e compartilhamento de arquivos contendo pornografia infanto-juvenil, bem como por estupro de vulnerável, nos casos em que se confirmarem as suspeitas de abusos sexuais de crianças.
Fonte: A tarde Foto: A tarde