Uma advogada foi presa pela Polícia Militar no bairro da Barra na noite deste domingo (11) após uma confusão na delicatessen do Posto Menor Preço. De acordo com o advogado Roberto Starteru, que foi até a Central de Flagrantes pedir a soltura da colega de pré-nome Eduarda, o desentendimento ocorreu quando a mesma foi até o estabelecimento comprar um lanche e se deparou com um rapaz que tentava usar o banheiro, mas era impedido pelos funcionários.
Uma norma da lanchonete proíbe que o sanitário seja usado por pessoas que não estejam consumindo. Diante disso, a advogada, se propôs a pagar um lanche para que o rapaz ainda não identificado pudesse usar o banheiro. No entanto, um funcionário disse que não aceitaria, pois o rapaz já estaria desde mais cedo causando confusão no estabelecimento. “Ele disse que não deixaria o rapaz utilizar o sanitário e que já teria chamado a polícia. De fato, a Polícia Militar chegou instantes depois. Eduarda puxou logo a carteira que a identifica como advogada, mas os policiais sequer olharam e a jogaram no chão com joelhadas e agressões”, relatou Starteru em conversa com o BNews.
Ainda de acordo com advogado que defende Eduarda, a colega foi algemada pelos policiais. “Não faz sentido ter usado algemas. Ela não estava na confusão, apenas tentou solucionar o impasse que encontrou na lanchonete. Há uma decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe o uso de algemas em pessoas que não representam risco para os policiais. Como é que uma mulher vai ser ameaça para cinco policiais armados?”, questionou.
Após imobilizar a advogada, segundo Roberto Starteru, os policiais fizeram voltas pela cidade e acabaram retornando ao estabelecimento. Lá, ainda estava a irmã de Eduarda ao lado de outras pessoas que presenciaram o fato. Os agentes, então, informaram que estariam levando a advogada para a Central de Flagrantes.
“Eles chegaram com ela na Central de Flagrantes algemada. A delegada imediatamente pediu para que as algemas fossem retiradas e eles ainda resistiram. Saímos de lá e fomos diretamente para o IML, foi feito o exame de corpo de delito e confirmadas as agressões”, detalhou o advogado de Eduarda.
Starteru apontou ainda que o caso será levado à Ordem dos Advogados do Brasil para que a corregedoria da Polícia Militar seja acionada.
Fonte: Bocão News