Os vereadores da bancada de oposição na Câmara Municipal de Salvador experimentaram o sistema de transporte coletivo da capital ontem e constataram que os “ônibus são um horror” e que “o metrô é coisa de primeiro mundo”. Em entrevista à Tribuna, o líder do bloco, vereador José Trindade (PSL), afirmou que a Comissão de Transportes do Legislativo vai elaborar um relatório sobre os ônibus e cobrar providências da prefeitura. “Já tínhamos informação de que o transporte é horrível, e hoje (ontem) domos constatar. O prefeito afundou o transporte com a licitação que ele fez. Em Paripe, às 6 horas da manhã, pegamos um ônibus imundo, lotado, caro, que não passa no horário. Mesma coisa no Largo do Luso (em Plataforma). Pontos sem cobertura, o povo tomando chuva…
Uma coisa lastimável mesmo”, lamentou o vereador Trindade. O presidente da Comissão de transportes, vereador Hélio Ferreira (PCdoB), vai levar o assunto para discussão na comissão. De forma preliminar, as cobranças à prefeitura serão mais linhas de ônibus e ar-condicionado. “O prefeito prometeu ar-condicionado nos ônibus e até hoje nada. É subumano. O metrô é completamente diferente. Trens novos, segurança… Coisa de primeiro mundo mesmo. Quando comparamos o ônibus com o metrô, é como adentrar num túnel do tempo. O metrô conta com comodidade para os cidadãos e é um transporte ágil”, disse Trindade.
O parlamentar pontuou que “é necessário que a Prefeitura tenha a sensibilidade de disponibilizar a integração com o metrô com tarifa única”. Integrante da comitiva, a vereadora Marta Rodrigues (PT) avaliou que “os ônibus estão somente pintados. Não tem wi-fi, sequer ar-condicionado, conforme é divulgado”. Segundo a vereadora, em Plataforma, no Largo do Luso, “não há abrigo para as pessoas que esperam os ônibus. E as pessoas reclamam da demora para a passagem dos coletivos”. Também ouvida pela Tribuna, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) afirmou que ficou “horrorizada” ao andar de ônibus no Subúrbio Ferroviário de Salvador. “Fiquei muito assustada com o sofrimento que a população do subúrbio passa. Pagam caro por um transporte de péssima qualidade. Pegamos às 6 horas um ônibus já lotado. É sofrimento no rosto do povo. Duas horas para chegar na Lapa. Descemos no Luso e pegamos outro. Engarrafamento terrível”, afirmou Aladilce.
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