Preso em Brotas, o traficante Robson Costa Uzêda da Silva, 34 anos, o Robinho, tinha uma vida de luxo, bancada pela venda de drogas na localidade do Brongo, próximo à Avenida Bonocô. Durante a apresentação à imprensa nesta sexta-feira (2), ele calçava um tênis e usava uma camisa da marca Lacoste. O dinheiro do crime também serviu para bancar uma casa de luxo em Vilas de Atlântico, em Lauro de Freitas, com quatro suítes e uma piscina, uma Hilux e um smartphone novo. Robinho foi preso quando foi visitar a mãe, que ainda mora em uma casa pobre da comunidade. “O crime não compensa porque o cara vive nessa casa, com carro bom, depois é preso e perde tudo. É tudo uma ilusão. Eles têm uma ilusão de riqueza e poder, mas vivem sempre sobressaltados. Não podem sair com uma pessoa, não pode dar um passeio”, disse a titular da 6ª Delegacia (Brotas), Maria Dail Sá.
Robson morava em uma casa alugada em Villas do Atlântico
Robinho é suspeito de ter envolvimento em cerca de 40 homicídios na região de Brotas, inclusive muitas mortes na guerra do tráfico em Cosme de Farias. De acordo com a delegada, há mais de cinco anos ele é o comandante do tráfico e tem rivalidade com traficantes do Comando da Paz (CP), que ligado à Caveira. Apesar dos indícios de que comanda o tráfico, ele afirma que trabalha como vigilante, mas, de acordo com Maria Dail, não há nada que comprove essa atividade.
Crimes
O traficante já escapou da polícia algumas vezes, como numa abordagem em Cajazeiras 3, quando ele passou por uma abordagem policial enquanto levava uma pessoa sequestrada na mala do carro. Houve uma troca de tiros e um PM foi baleado na mão e Robinho conseguiu escapar. Em julho do ano passado, ele foi preso ao passar por uma blitz na Avenida Bonocô, quando transportava uma grande quantidade de maconha. Ele ficou preso por dois meses, mas teve o relaxamento de prisão e foi solto novamente. A ele também é atribuído um duplo homicídio na Ilha de Itaparica.
Reprodução: Correio 24 horas// (Foto: Thais Borges/CORREIO)