O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega admitiu na última segunda-feira (29), em petição enviada por sua defesa ao juiz federal Sérgio Moro, que possuía uma conta oculta no banco suíço Pictet com saldo de US$ 600 mil.
Segundo Mantega, o dinheiro era fruto da venda de um imóvel herdado de seu pai.
“Guido Mantega, nos autos da busca e apreensão em epígrafe, vem, por seu advogado, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência – tendo em vista ter sofrido medida de busca, mas não ter sido convidado a prestar depoimento, e a fim de demonstrar sua total transparência frente às investigações em curso neste juízo -, afirmar que abre mão de todo e qualquer sigilo bancário, financeiro e fiscal, inclusive de conta estrangeira aberta antes de assumir o cargo de Ministro da Fazenda, na qual recebeu um único depósito, no valor de US$ 600 mil, como parte de pagamento pela venda de imóvel herdado de seu pai”, diz a petição do advogado Fábio Tofic Simantob.
No documento, o ex-ministro afirma ainda não esperar “perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no exterior”. Além disso, destaca que “jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de qualquer natureza como contrapartida ao exercício da função pública”.
Mantega foi alvo da 34ª fase da Operação Lava Jato, em setembro do ano passado, durante a qual chegou a ser detido por algumas horas. O ex-titular da Fazenda é acusado de ter pedido R$ 5 milhões ao empresário Eike Batista para cobrir dívidas de campanha do PT. (ANSA)