A obra para construção da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barreiras, no oeste do estado, está inacabada há cinco anos. A empresa responsável abandonou o projeto, depois de gastar quase R$ 500 mil. Para dar continuidade à obra, que fica no bairro Santa Luzia, uma nova licitação foi lançada pelo governo do estado. Os moradores se queixam da situação.
O empresário Vitor Castro, morador da região onde é construída a UPA, reclama da situação. “Uma pessoa, ela sai daqui da região precária para ir para um HO [Hospital do Oeste], e passa na frente de um lugar desses que tem mais de seis anos parado, ela vê que poderia resolver o problema dela aqui se já tivesse com isso aqui andando. Ajudaria muito a população que precisa tanto disso aí”, disse.
A obra começou em maio de 2012 e há três anos foi abandonada pela empresa contratada para fazer o trabalho. Os tapumes que fechavam o terreno onde está a construção foram retirados e a segurança é feita por vigias. A UPA de Barreiras é de porte 2 e o projeto prevê que, por dia, sejam atendidos 300 pacientes.
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) informou, por meio de nota ao G1 nesta terça-feira (23), que, em fevereiro de 2014 a obra estava parada em função de problemas contratuais com a empresa responsável. Na época, apenas 16% da obra havia sido construída, sendo utilizado R$ 447 mil. Com isso, houve a necessidade da rescisão contratual e realização de novo processo licitatório. A Sesab não informou o motivo da empresa ter abandonado a construção.
A previsão de investimento para terminar a obra e entregar aos moradores é de mais R$ 4,1 milhões. O edital de licitação para conclusão da UPA foi publicado na última quinta-feira (18). As propostas das empresas serão abertas no dia 20 de junho e a expectativa é que a ordem de serviço seja dada no mês de julho.
Para o aposentado Martiniano Lacerda, a conclusão da obra será a realização de um sonho. “Se essa obra sair do papel e mais essas outras que estão aqui encostadas, para toda região aqui de Santa Luzia, não só daqui, mas todo o bairro, seria beneficiado por isso. Não é nem torcer, é sonhar”, conclui o aposentado Martiniano Lacerda.
Reprodução/G1