Um dos donos da empresa JBS, Joesley Batista, teria sido orientado pelo deputado federal João Carlos Bacelar (PR-BA) a buscar apoio de outros parlamentares para votar contra o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), no ano passado. A informação está na delação de Joesley à Justiça. A mando do ex-ministro Guido Mantega, o parlamentar do PR apareceu na casa de Joesley, às 22h30 do sábado anterior ao da votação no plenário da Câmara, com o objetivo de convencer o empresário a "comprar alguns deputados para votar em favor da presidente Dilma".
No anexo 13 da delação premiada de Joesley Batista, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em troca, seriam pagos até R$ 5 milhões pelos votos dos deputados. No entanto, o empresário concordou em comprar cinco deputados federais ao custo de R$ 3 milhões cada.
Dos R$ 15 milhões, o dono da JBS afirma já ter pago R$ 3,5 milhões, sendo que os últimos R$ 500 mil foram pagos na sua casa, em março de 2017. Em entrevista ao site O Antagonista, Bacelar afirmou ser amigo do empresário, mas negou ter conhecimento do que foi afirmado por Joesley na delação. "Desconheço. Tenho que ver essa gravação", declarou.
Reprodução: Metro 1