A reunião entre os rodoviários e as empresas de ônibus de Salvador terminou sem acordo na tarde desta terça-feira (16). No entanto, os coletivos circulam normalmente na capital baiana e não há previsão de novas paralisações. As informações foram passadas ao G1 pelo Sindicato dos Rodoviários. De acordo com o sindicato, uma assembleia dos trabalhadores está marcada para a quinta-feira (18), para discutir as propostas das empresas e as pautas dos rodoviários. Um novo encontro entre as duas partes foi agendada para a sexta-feira (19).
Segundo o sindicato, caso não haja acordo na sexta-feira, os rodoviários se reunirão novamente na segunda-feira (22). A categoria está em estado de greve por tempo indeterminado. Nesta terça-feira, os trabalhadores fizeram uma parada e os ônibus saíram das garagens com 4 horas de atraso. Conforme o sindicato, a categoria pede 5% de ganho real além da inflação, além da manutenção da função de cobrador em todas as linhas e horários, ticket-refeição de R$ 20 e o fim da dupla jornada – quando o motorista dirige e ainda cobra.
Atraso
De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, demoraram para sair os veículos nas garagens de Plataforma G1 (antiga Praia Grande, no Subúrbio), OT Trans G1 (antiga São Cristovão, em Porto Seco Pirajá), CSN Iguatemi (antiga BTU) e uma do Subsistema de Transporte Especial Complementar (Stec), localizado no bairro do Retiro. Por conta do atraso na saída, passageiros relataram demora para embarcar nos coletivos. Peronilza de Carvalho relatou que esperava pela linha de ônibus da Ribeira desde as 6h10. O coletivo só chegou ao ponto onde ela estava, no bairro da Federação, às 7h. "Estou aqui faz quase uma hora. Acabei de sair do trabalho e quero voltar para casa", conta.
Apesar do atraso em quatro garagens, passageiros também relataram que ônibus para Nazaré, Pirajá, Mussurunga e Stiep estavam circulando normalmente por volta das 7h15, no ponto em frente ao cemitério do Campo Santo, na Federação. Na Estação da Lapa, por volta das 7h20, algumas linhas circulavam, mas usuários disseram que os pontos estavam mais cheios e que aguardavam mais do que o normal. "Está muito mais cheio do que o normal aqui", relatou Cristiana Máximo, que aguardava transporte no local.
Reprodução: G1 – Bahia