Com o objetivo de alterar a estrutura da prefeitura de Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) trocou o comando da subchefia do gabinete do democrata, trazendo à tona um personagem recheado de acusações na Justiça. Trata-se de Rosalvo Jonas Borges Sales (PV), que agora substitui Ângelo Mário Peixoto de Magalhães Neto, primo do prefeito. Rosalvo é ex-prefeito de Amargosa e tem no currículo denúncias de corrupção, fraudes em licitações e uma cassação pela Câmara de Vereadores, em 2003.
Na ocasião, o Legislativo municipal acatou a denúncia apresentada pelo advogado Cláudio dos Santos Queiroz por meio de uma comissão processante, que utilizou um decreto de lei para cassar o prefeito. A informação sobre as irregularidades envolvendo Sales e a nomeação para o gabinete foi divulgada anteriormente pelo portal Aratu Online. Rosalvinho Sales, então membro do PTB e integrante da base política de ACM Neto quando ele era deputado federal, ficou famoso por emitir 1.162 cheques sem fundo, provocando um prejuízo de R$ 7 mil em multas, juros e taxas bancárias à Prefeitura e foi enquadrado por uma nova modalidade de corrupção: a clonagem de notas fiscais.
A Revista Veja divulgou em 2004 uma reportagem, intitulada "Praga Nacional", sobre prefeitos de cidades do interior do país que desviaram, juntos, mais de R$ 20 bilhões por ano do tesouro público. A matéria cita que mais de R$ 107 bilhões do orçamento federal foram destinados aos 5.560 municipios no Brasil. Entre os prefeitos citados na reportagem, estava Rosalvo Sales. Nas eleições de 2016, Rosalvo disputou o cargo de prefeito de Amargosa mais uma vez, mas acabou derrotado por Júlio Pinheiro (PT). O ex-prefeito recebeu o voto de 8.409 eleitores da cidade.
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