Bahia

Alagamento em condomínio de Brotas, em Salvador, pode ter sido causado por canal entupido

Operários da prefeitura retiraram uma grande quantidade de entulho e lixo do local, durante o final de semana.

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Canal estava obstruído por entulho e lixo (Foto: Reprodução/TV Bahia)

O alagamento ocorrido na sexta-feira (5) no Condomínio dos Comerciários, localizado no bairro de Brotas, em Salvador, pode ter sido provocado pelo entupimento do canal por onde a água da chuva é escoada, segundo informações de moradores da localidade.

Durante o final de semana, operários da prefeitura tiraram uma grande quantidade de entulho e lixo de um dos pontos de acesso ao canal, que fica no fundo do condomínio. O terreno é cercado por mato.

De acordo com os moradores, toda a água da região mais alta do bairro de Brotas passa pelo canal, que não comporta o volume. O canal foi construído há, ao menos, 43 anos, e, ao longo das décadas, teve partes cobertas por construções irregulares e aterros.

Para a desobstrução do canal, durante o final de semana, operários da Pprefeitura tiveram que cavar cerca de sete metros, em um outro ponto da galeria. Mais lixo e entulhos foram achados no local.

Problemas

Segundo os moradores do condomínio, que tem 63 prédios e mais de 570 apartamentos, sempre que chove o local fica alagado e a passagem de pessoas a pé e em carros pela região é prejudicada. Os moradores ficam ilhados em casa e comerciantes têm prejuízos na localidade.

“Eu já perdi várias mercadorias. Geladeira, freezer, motor queimado. E outra coisa, sem poder sair também”, contou o comerciante Augusto dos Santos, que tem um mercado no condomínio.

Um dos problemas enfrentados por quem passa pelo local de carro é a perca das placas dos veículos. Conforme o comerciante Matias Santos, o impacto dos carros com a força da água acaba causando o prejuízo.

O carro passa e, no impacto com a força da água, elas [as placas] soltam. Aí fica tudo submersa. Aí depois, quando seca tudo, os meninos catam e deixam aqui para a gente entregar aos proprietários”, explicou o também comerciante Matias Santos.

Reprodução/G1