Polícia

‘Gestora’ do PCC é presa no Paraguai após assalto milionário

Um dos alvos da Operação Ethos, ela estava foragida desde novembro de 2016. Polícia Civil de São Paulo já pediu a extradição dela ao Brasil

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Assalto no Paraguai

 

A Polícia Nacional do Paraguai prendeu nesta terça-feira, em Ciudad del Este, uma brasileira acusada de ser uma das gestoras jurídicas do Primeiro Comando da Capital (PCC) por suposto envolvimento no assalto milionário — e com características cinematográficas — à sede da transportadora de valores Prosegur, também em Ciudad del Este.

Apontada como uma das lideranças do núcleo jurídico, a chamada célula R, da organização criminosa, Marcela Antunes Fortuna, de 35 anos, estava foragida desde novembro de 2016, quando a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a Operação Ethos

. Na ocasião, cerca de 30 advogados foram detidos por prestarem diversos serviços para a facção, como fazer a comunicação entre a liderança encarcerada e os subalternos soltos, pagar propina a autoridades corruptas, se infiltrar em órgãos de direitos humanos, entre outros.

Nas planilhas dos investigadores, Marcela aparece como a R1 do grupo — cada advogado de Rua (daí o R) tinha uma função e o número representa o seu grau de hierarquia. O organograma vai até o R41.

Segundo a denúncia do Ministério Público paulista, ela prestava contas e respondia diretamente ao chefe da célula, Valdeci Francisco Costa, que está preso no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na Penitenciária de Presidente Bernardes (SP) — os investigadores o apontam como uma espécie de CEO do PCC.

(VJ) (AF)