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Assaltantes de transportadora de valores no Paraguai são brasileiros, diz ministro

Polícia brasileira reforçou segurança na fronteira.

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Os assaltantes de uma transportadora de valores em Ciudad del Este, no Paraguai, são brasileiros, disse o ministro do Interior do país, Lorenzo Lezcano, em entrevista à radio ABC Cardinal. O roubo ocorreu na madrugada desta segunda-feira (24) na sede da transportadora de valores Prosegur. Ladrões fortemente armados invadiram o local e fugiram com dinheiro.

Inicialmente, a Polícia Nacional do Paraguai informou que o grupo havia fugido com US$ 40 milhões (o equivalente a mais de R$ 120 milhões). O chefe de investigações de delitos da Polícia Nacional em Alto Paraná, Arsênio Correa, disse, porém, que os valores ainda estão sendo contabilizados.

De acordo com Lezcano, a maioria dos carros usada no assalto tinha placa do Brasil, e uma vítima relatou que ouviu os criminosos falando em português. O ministro afirmou que as autoridades paraguaias estão trabalhando com a Polícia Federal do Brasil na investigação do caso.

"Para nós [no Paraguai] seria a primeira vez com essas características. No ano passado, com características similares, também foi vitimada gente da Prosegur no Brasil, especialmente de Ribeirão Preto e Campinas", afirmou. Lezcano também disse que participaram entre 40 e 50 ladrões, mas a investigação ainda determinará o número exato.

As primeiras informações são de que um policial foi morto e quatro pessoas ficaram feridas. Após o roubo, os ladrões fugiram para uma cidade vizinha.

Os ladrões estavam armados com fuzis, metralhadoras e granadas. Eles explodiram a entrada da empresa e trocaram tiros com vigilantes. A sede da empresa fica a 4 quilômetros da Ponte Internacional da Amizade, no oeste do Paraná.

De acordo com o jornal “ABC Color”, este seria possivelmente o maior assalto da história do país. Vídeos divulgados pelo jornal mostram fumaça após explosões e carros incendiados na cidade. Clique aqui para assistir.

O ministro Lezcano disse ainda que as autoridades paraguaias tinham a informação de que um assalto poderia ocorrer no país, mas não sabiam “a hora, o lugar, nem o objetivo”.

O som das explosões "ressoou na cidade como se fossem bombardeios de uma guerra" no período de duas horas, relatou à agência AFP Antonio del Puerto, uma testemunha.

Também foram registrados ataques simultâneos contra a sede da Chefia de Polícia e do Governo de Ciudad del Este, disseram porta-vozes oficiais.

"Estamos como na Síria", afirmou a procuradora Denise Duarte, encarregada de investigar o crime. "Os ladrões estavam encapuzados e falavam português", ressaltou.

Policiamento reforçado

Por causa do assalto, a polícia brasileira reforçou o policiamento no lado da ponte em Foz do Iguaçu caso os ladrões decidissem fugir para o Brasil, mas eles seguiram em direção à cidade de Hernandárias, no lado paraguaio.

Segundo o “ABC Color”, ao menos 15 carros foram incendiados. O jornal também informa que as forças armadas ajudam a Polícia Nacional do Paraguai nas buscas pelos assaltantes.

A prefeitura de Ciudad del Este informou que pelo menos nove escolas da região central da cidade tiveram as aulas suspensas pela manhã, para garantir a segurança dos estudantes e funcionários. O comércio está funcionando normalmente.

Reprodução/G1