Bahia

MPF e MPE querem que prefeito se retrate após vídeo no Facebook

O gestor postou um vídeo onde critica a intervenção judicial sob a qual o Hospital Municipal Ouro Negro está submetido desde o final do ano passado e continua neste primeiro semestre de 2017.

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O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e o Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) reagiram a uma crítica feita na rede social Facebook pelo prefeito de Candeias, Pitágoras Alves. O gestor postou um vídeo onde critica a intervenção judicial sob a qual o Hospital Municipal Ouro Negro está submetido desde o final do ano passado e continua neste primeiro semestre de 2017. "Essa é minha indignação, que também é do povo de Candeias que vai até o hospital querendo resolver os seus problemas, mas infelizmente por conta dessa intervenção judicial nós perdemos essa vida", disse o prefeito após relatar a morte de um paciente que teria sido alvo de descaso na unidade de saúde. Ao fim do vídeo, o prefeito pede apoio da população para trazer de volta o Ouro Negro para a gestão do município. Diante da exposição, o MPF emitiu a nota explicando que a intervenção judicial decretada pela Justiça Federal "atinge aspectos pontuais da administração hospitalar".

"Toda a estrutura, pessoal, medicamentos e materiais hospitalares são mantidos pelo município de Candeias, entidade responsável pela ordenação de despesas do hospital", aponta. "A ação civil pública movida pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual teve por objetivo regularizar a gestão pública da saúde no município, que se encontrava em um estado de caos, diante da administração empreendida e dos indícios de desvios de recursos públicos praticados pela gestão anterior", considera a procuradoria. Segundo os órgãos fiscalizadores, os diversos relatórios e ofícios elaborados pelo interventor foram encaminhados à gestão municipal de Candeias para a realização de licitações, obras e contratação de pessoal para melhoria da unidade hospitalar.

"Considerando que o vídeo divulgado não veicula de forma correta e completa as informações relativas à intervenção em curso no hospital municipal, os Ministérios Públicos Federal e Estadual, por intermédio da procuradora da República Vanessa Previtera e dos promotores de Justiça Andrea Scaff e Millen Castro, expediram recomendação ao prefeito para que promova a retificação das informações por ele divulgadas", frisa a nota de esclarecimento.

Reprodução: Bocão News