O presidente Michel Temer disse em dois discursos nessa quarta-feira (12), sem citar a lista de pedidos de inquérito do ministro Edson Fachin, que nada pode paralisar o governo. Ele também afirmou que a atividade legislativa não pode parar.
O primeiro discurso foi durante evento em que o presidente assinou medidas em prol das mulheres. Ele aproveitou a ocasião para dizer que cerimônias oficiais como aquela são importantes para mostrar que o governo não vai ficar parado.
“Nós não podemos jamais paralisar o governo. Nós temos que dar sequência ao governo, nós temos que dar sequência a atividade legislativa, nós temos que dar sequência a atividade judiciária", declarou Temer. “Aqui no Brasil, se não tomarmos os cuidados, daqui a pouco vão dizer que o Executivo não opera, o Legislativo não opera, o Judiciário não opera. E não é assim.”
Em seguida, o presidente participou de um ato de assinatura conjunta de uma portaria entre a Anvisa e o INPI.
"O Executivo executa, o Legislativo legisla, o Judiciário julga. Então, cada um vai exercendo as suas funções. Nada deverá paralisar a atuação governamental. Hoje, é a segunda solenidade de que participo, revelando a presença muito atuante, muito ativa do Executivo", afirmou o presidente.
A lista dos novos investigados na Lava Jato atinge o governo Temer e representa um obstáculo à celeridade que o governo quer impor na tramitação de reformas como a da Previdência. Nesta terça, após a divulgação dos nomes, em que constam oito ministros, 42 deputados e 29 senadores, o Congresso ficou vazio.
Entre os integrantes do governo, são alvos de pedidos de abertura de inquéritos os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia, Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional, Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores, Blairo Maggi (PP), da Agricultura, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.