Puxado pela alta de preços das commodities, pelo incremento do volume embarcado e pela baixa base de comparação, as exportações baianas cresceram 15,1% em março quando comparadas a igual mês do ano passado, alcançando US$ 657,8 milhões. No primeiro trimestre, as exportações atingiram US$ 1,68 bilhão, ficando 7,7% acima de igual período de 2016. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan). A alta das exportações em março foi impulsionada pela alta nos preços do petróleo, comparadas com o mesmo mês do ano passado, o que valorizou em 257% as vendas de derivados do produto produzidos no estado, elevando as vendas do segmento em 104,5%. Este fator também influenciou o aumento das receitas com as exportações de produtos químico/petroquímicos que subiram 82%, alcançando US$ 148,8 milhões e a liderança da pauta no mês.
Contribuíram ainda para o bom desempenho das exportações, o aumento das vendas do setor automotivo em 146,4%, principalmente para a Argentina, Chile e Colômbia, reflexo da baixa base de comparação e da recuperação da economia argentina; além do início dos embarques da safra de soja, que com preços médios 17,8% maiores que em março do ano passado, tendem a recompor as perdas do ciclo anterior, incrementando os embarques. As vendas do produto atingiram US$ 90 milhões em março, 66% acima de igual período do ano anterior. As importações alcançaram US$ 676 milhões em março, 55,8% maiores que em março do ano passado. Foram decisivos para a alta, a reposição de intermediários pela indústria, o câmbio mais favorável para as importações e principalmente a baixa base de comparação.
A recuperação das importações no trimestre ocorre sobretudo na área de insumos para indústria química e metalúrgica, na área de fertilizantes e no setor de combustíveis. As compras bens de capital permanecem em crescimento (6% no mês e 14,4% no trimestre), incrementadas pela indústria eólica e de transporte de uso industrial. No primeiro trimestre, a quantidade importada cresceu 69,6% em relação a igual período do ano anterior. Para as indústrias que têm fatias altas de insumos importados ou com preços ligados à variação do dólar, a valorização do real frente à moeda americana vem contribuindo para reduzir a pressão no custo de produção e inclusive, recompor margem nas operações com exportação. Com os resultados apurados no primeiro trimestre, a Bahia registra um déficit de US$ 285,9 milhões em sua balança comercial, como resultado do crescimento maior das importações no período. As exportações alcançaram US$ 1,68 bilhão e são 7,7% superiores a igual período de 2016, enquanto que as importações foram de US$ 1,97 bilhão, estando por sua vez, 53,5% maiores se comparadas ao primeiro trimestre do ano passado.
?Fonte: Assessoria de Comunicação –
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia