Política

Políticos mudam de estado de olho em possível eleição em lista fechada

Em apreciação na Câmara, a proposta que define o voto no partido e não na pessoa altera a rotina de prováveis candidatos

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Wilson Dias/Agência Brasil Uma das principais estratégias de deputados e senadores para evitar, neste momento de descrédito dos políticos, uma ampla renovação do Congresso Nacional, é aprovar as mudanças nas eleições proporcionais para votação em lista fechada e preordenada. Na prática, o eleitor não votaria mais no candidato a deputado ou vereador, mas, sim, na legenda. Dessa forma, um candidato desconhecido, mas com influência dentro do partido, poderá ser eleito se estiver em uma posição privilegiada na lista, elaborada internamente.

Políticos de siglas com muitos caciques na mesma região poderão ter como saída, para garantir o mandato, concorrer por outro estado. No Partido dos Trabalhadores (PT), legenda que sofreu o maior desgaste após o estouro da Lava-Jato e o impeachment de Dilma Rousseff, não há um movimento pensado da direção nacional de redistribuir líderes para todos conseguirem uma vaga no parlamento. Algumas figuras, contudo, apesar de não admitirem, se articulam para mudar de domicílio eleitoral com um olho na eleição em lista. Ex-ministro e ex-deputado por quatro legislaturas Ricardo Berzoini tomou a frente e transferiu o título de eleitor de São Paulo para o Distrito Federal.

Berzoini informou a mudança em uma rede social e garantiu que não tem pretensão de concorrer a nada em 2018. Ele explicou que o lado pessoal pesou na decisão. “A principal razão para isso é o fato de estar morando com minha esposa Sonia e dois de meus filhos em Brasília desde 2003, quando o presidente Lula me nomeou para sua equipe ministerial. Como estou vivendo mais em Brasília do que em São Paulo, acho correto integrar-me ao eleitorado de onde resido”, justificou.

Fonte: Correio Brasiliense