Os professores da rede municipal de Candeias, na região metropolitana de Salvador, estão em greve por tempo indeterminado, desde o dia 13 de março. Os estudantes, que tinham acabado de iniciar o ano letivo de 2017, estão sem aulas desde então. A paralisação é considerada ilegal pela Justiça. Uma decisão expedida pela desembargadora Sandra Inês Morais Azevedo, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), determina que os professores retomem as atividades imediatamente, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia, caso não obedeçam. Segundo a determinação, os procuradores do município alegam que o movimento dos professores desrespeitou o prazo de 48 horas de antecedência para notificação da greve, e que o documento que informava o início da paralisação foi encaminhado à prefeitura sem ata de assembleia, lista de presença e pauta de reivindicações.
O Sindicato dos Servidores do Município de Candeias (SISEMC), que responde pelos professores, informou que ainda não foi notificado da decisão. Segundo o órgão, uma assembleia deve ser organizada após a notificação para definir se os professores irão recorrer da determinação. Conforme o sindicato, os professores entraram em greve porque querem um reajuste salarial de 7,4% e a prefeitura oferece 6%. Em nota, a Prefeitura de Candeias informou que está impossibilitada de conceder o reajuste pedido pela classe. Ainda não há data definida para o retorno das aulas.
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