Política

Preso da Carne Fraca cita em áudio a interferência de Serraglio por empresa

Chama-se Averama o grupo empresarial socorrido por Osmar Serraglio.

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Preso na Operação Carne Fraca sob a acusação de ser ''o líder da organização criminosa'' que agia no setor de fiscalização agropecuária, Daniel Gonçalves Filho, ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, revelou em gravação a “pressão” que sofreu do atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR).

A pressão era para favorecer um grupo empresarial da cidade de Umuarama, seu reduto eleitoral. Noutra gravação, o próprio Serraglio confirmou a interferência. Os áudios são de 2013. Foram anexados a um inquérito aberto em 2015 pela Polícia Federal em Curitiba. E retornam do passado para incomodar Serraglio.

Chama-se Averama o grupo empresarial socorrido por Osmar Serraglio. Seu representante legal é o empresário Célio Batista Martins Filho.

Travava uma batalha judicial com um frigorífico da cidade paranaense de Santo Inácio, o BR Frango, do empresário Reinaldo Gomes de Morais. Disputavam a titularidade de um registro no Serviço de Inspeção Federal, o SIF. Incomodado com a recusa do superintendente Daniel em lhe conceder o registro, Reinaldo decidiu gravá-lo.

Na conversa, sem saber que seu interlocutor portava um gravador, o servidor reconheceu-lhe o direito. “Você é o detentor” do SIF, disse. “Isso, juridicamente, não é eu que tenho que falar [sic]. Isso daí é a realidade.” Lamentou não poder agir. Por quê? Serraglio estava do lado de “Celinho”, como se referiu a Célio Filho, do Grupo Averama

(Uol) (AF)