Os alunos da rede pública municipal e estadual voltaram às aulas nesta segunda-feira, 27, após a paralisação de dez dias dos professores. A mobilização dos docentes foi contra a reforma da Previdência. No Colégio Estadual Thales de Azevedo, no Costa Azul, o relógio já marcava 8h45 mas alunos ainda chegavam. Apressado, um deles disse que estava em cima da hora para a aula. Outra estudante disse que "por enquanto, estava tudo bem", deixando no ar a expectativa de como será a reposição das aulas. Já no Colégio Estadual Manoel Vitorino, em Brotas, os alunos da 5ª série do turno integral Gustavo Portugal dos Santos,13, Mateus Gutemberg Dias, 14, e Gabriel Batista Sales, 12, se disseram aliviados com a volta à sala de aula.
"Nesses dez dias fiz atividades escolares em casa. Não acho boa a greve porque me sinto prejudicado", confessou Gustavo.
A diretora Tanea Silva Mendes Gouveia informou que em sua unidade haverá uma reunião entre direção e corpo docente para o ajuste de calendário, o qual passará por aprovação da Secretaria de Educação do Estado. Em nota, a Secretaria garantiu o cumprimento dos 200 dias letivos e informou que os Núcleos Territoriais de Educação estão discutindo a situação com os gestores das escolas que tiveram as atividades prejudicadas. O objetivo é definir o calendário de reposição das aulas suspensas durante a mobilização contra a reforma da Previdência.
Paralisação na sexta
O presidente da APLB-Sindicato Rui Oliveira confirmou que a categoria vai parar novamente na sexta-feira, 31, em adesão a uma greve geral. O sindicalista disse que está visitando vários colégios nesta segunda para divulgar o ato. O movimento faz parte de uma manifestação nacional contra a reforma. "Estamos avisando aos alunos que isso é para garantir o futuro deles também", completou. Em Salvador, o ato começará com uma concentração no Campo da Pólvora, em frente ao Fórum Ruy Barbosa. "A partir das 9 horas nos reunimos para uma caminhada até o Forte do Barbalho. Vamos derrotar essa reforma da previdência e trabalhista", afirmou Rui Oliveira. Oliveira revelou que a orientação dada pela APLB e outros sindicatos é repetir o que foi feito na última sexta-feira, dia 24, quando os protestos se estenderam até a casa do deputado federal Arthur Maia, relator da Reforma da Previdência. Os movimentos pretendem protestar em frente aos imóveis dos parlamentares que são favoráveis as reformas.
"Vamos atrás de cada um deles", avisou Oliveira.
Reprodução: A Tarde on line