A ida para prisão domiciliar da ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, prevista para esta segunda-feira (27), motivou protestos na esquina da rua onde ela morava com o ex-governador Sérgio Cabral, no Leblon.
De madrugada, um pequeno grupo fez um panelaço na frente do prédio. Pela manhã, cartazes foram colocados na orla, na esquina da Avenida Delfim Moreira com a Rua Aristides Espínola. "Direito iguais para as detentas pobres", diz um dos cartazes. "Detenta consumidora", diz outro.
Presa desde dezembro do ano passado, Ancelmo foi beneficiada por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça, concedida na sexta-feira (24).
Vistoria
A ministra Maria Thereza de Assis Moura autorizou a prisão domiciliar da ex-primeira-dama, que está presa na ala feminina de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A Polícia Federal ainda tem de fazer uma vistoria no apartamento para depois disso, a Justiça determinar a transferência.
É preciso garantir que Adriana Ancelmo não tenha acesso a telefones celulares, telefones fixos e internet. A defesa da ex-primeira dama acredita que ela seja liberada ainda nesta segunda-feira.
No dia 17 de março, Adriana já tinha recebido o benefício da prisão domiciliar. Mas ele foi revogado pelo Ministério Público Federal. A defesa de Adriana alega que os dois filhos menores, de 11 e 14 anos, não podem ficar sem pelo menos um dos pais e pediu a prisão domiciliar. O desembargador do MPF entendeu que esse benefício não poderia ser estendido somente a Adriana Ancelmo, já que outras mães que enfrentam a mesma situação não tiveram mesmo benefício.
Os advogados recorreram a STJ, que permitiu a saída de Adriana do presídio. Ela responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Reprodução/G1