Procurador-geral de Justiça do RN, Rinaldo Reis (centro), um dos alvos do servidor, publicou exoneração do atirador no Diário Oficial (Foto: Fred Carvalho/G1)
O servidor do Ministério Público Guilherme Wanderley Lopes da Silva se entregou à Polícia, na manhã deste sábado (25) depois de atirar contra procurador-geral de Justiça adjunto, Jovino Sobrinho, e o promotor público Wendell Beetoven na manhã da última sexta-feira.
Guilherme entrou armado em uma reunião onde estava o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, e seus auxiliares. De acordo com relato de Rinaldo ao G1, "Guilherme se aproximou, colocou dois papéis na minha mesa e disse: 'Isso é uma recompensa por tudo o que vocês fizeram'. Em seguida, puxou a arma e a tirou do coldre. Gritei para todos que ele estava armado e houve uma correria. Ele apontou o revólver em minha direção e atirou, mas errou".
O servidor conseguiu atingir Wendell com um tiro nas costas e, em outra sala, efetuou dois disparos contra Jovino. Após o atentado, Guilherme fugiu gritando que havia um homem atirando atrás para enganar os seguranças do local. "Mesmo assim, houve troca de tiros no estacionamento. Depois, ele escapou", disse o procurador-geral.
A carta deixada pelo atirador revela que o procurador-geral de Justiça, o procurador-adjunto e o coordenador jurídico seriam seus alvos. Jovino e Wendell passaram por cirurgias no hospital Walfredo Gurgel, principal pronto-socorro do Rio Grande do Norte, e, segundo Rinaldo, têm quadros clínicos estáveis.
(G1)(AF)