Fiscais da Vigilância Sanitária de Salvador inspecionaram, na terça-feira (21), um açougue localizado na Travessa Marquês de Leão, na Barra, para verificar e coletar parte da carne bovina vendida ao consumidor. Segundo a chefe da Vigilância Sanitária do Distrito Barra/Rio Vermelho, Sara Stolter, a ação é rotineira e só este ano já foram vistoriados cerca de 50 açougues.
Equipe vistoriou Açougue na Barra (Foto: Divulgação/Secom Salvador)
No estabelecimento vistoriado essa semana, a visita ocorreu por conta da necessidade de renovação anual do alvará sanitário. Inicialmente, não fora encontradas irregularidades no estabelecimento, no entanto o órgão, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), recolheu 500 gramas de carne a vácuo e 300 gramas de carne moída. Todo o material foi embalado e identificado, antes de ser armazenado em um recipiente térmico e enviado para análise, no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que emitirá laudo num prazo de 15 a 30 dias.
Problemas
No ano passado, segundo a SMS, cerca de 300 açougues passaram por inspeção na capital baiana. As principais inconformidades encontradas em alguns comércios foram: armazenamento de carne em temperatura inadequada, inexistência de alvará de saúde, falta de equipamento de proteção individual de açougueiros e carne previamente moída. As denúncias para inspeção de comércio de alimentos podem ser feitas através do telefone 156.
O consumo de carnes estragadas, contaminadas ou mal cozida pode trazer uma série de riscos à saúde, é o que alerta a Vigilância em meio aos escândalos vividos no setor. “Constatamos as características organolépticas dos alimentos, se estão alteradas. Ou seja, vemos a olho nu o aspecto, a textura. Também averiguamos as condições de origem e temperatura. Se encontramos irregularidades, encaminhamos o alimento à apreensão e o estabelecimento pode ser interditado”, detalha, em nota, a chefe da vigilância.
“Existem várias zoonoses transmitidas dos animais para o seres humanos. Uma carne pode estar contaminada pelo protozoário toxoplasma gondii, nocivo à saúde. Se for ingerido por uma gestante, a criança pode nascer cega, entre outros problemas”, completa a fiscal e nutricionista Maria das Graças Cacim, que também acompanhou a inspeção realizada nesta terça-feira.
Fonte: Secom