O padre Antônio Alves de Almeida, mais conhecido como padre Almeida, morto em casa e achado no chão com pés amarrados, vai ser velado na Matriz da Paróquia de São Francisco de Assis, no bairro da Boca do Rio, em Salvador, por volta das 10h30 desta sexta-feira (12). O corpo vai ser levado para Lajedo, em Pernambuco, onde moram os familiares do pároco.
Almeida tinha 67 anos, 40 anos dedicados ao sacerdócio e exercia o Ministério da Esperança, junto ao cemitério Parque Bosque da Paz, em Salvador. A arquidiocese divulgou nota pública sobre o caso. “Manifestamos a seus irmãos e demais parentes, residentes em Pernambuco, a expressão de nossa unidade à sua dor. Agradecemos as manifestações de carinho de todos aqueles que choram sua partida. Pedimos que todos se unam às nossas orações pelo descanso eterno deste sacerdote e amigo”, informou o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.
O capelão assassinado tinha programado celebrações nos dias 14 e 28 de maio. O crime aconteceu na residência da vítima, na Rua Heitor Dias e o corpo foi encontrado por volta das 22h30 da quarta (10). Segundo a Polícia Civil, o corpo do padre foi encontrado no chão de casa, com pés amarrados em uma corda de sisal. Segundo a polícia, uma outra corda, feita do mesmo material, estava enrolada no pescoço da vítima. Além disso, uma faca e um tijolo foram encontrados ao lado do corpo. O carro da vítima não foi levado e a casa estava revirada, informou a polícia.
O afilhado da vítima, Mardson Souza, disse que o padre já sofreu uma agressão física parecida ao crime de quarta. Segundo ele, há cerca de seis anos, Antônio Alves de Almeida foi amarrado e agredido na mesma casa. “Teve um outro ocorrido desse aí há muitos anos atrás. Pela posição dele de padre, achavam que ele tinha dinheiro. Bateram, amarraram ele, esse negócio. No dia seguinte, ele foi prestar queixa na delegacia, mas nunca foram achadas as pessoas que fizeram isso com ele”, disse o jovem, nesta quinta-feira (11).
O afilhado conta que a vítima era reservada e não costumava receber em casa pessoas que não eram de sua confiança. “Eu imagino que para ter acesso à casa dele foram pessoas de confiança, porque ele nunca deixou pessoas estranhas irem para a parte de cima, a não ser pessoas do dia a dia dele. A morte do Padre Almeida é investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).