Polícia

Fiscal que denunciou 'Carne Fraca' diz que descobriu crimes após retaliação

Daniel Teixeira diz que foi afastado das atribuições porque era 'criterioso'.

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Operação Carne Fraca foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17). (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Operação Carne Fraca foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17). (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

 

Denúncias do auditor fiscal federal agropecuário Daniel Gouvêa Teixeira de que carnes estragadas e fora de padrão eram vendidas por frigoríficos da região de Curitiba foram a origem da Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira (17), na qual funcionários do governo e de grandes empresas do ramo foram presos.

O auditor afirma que só conseguiu investigar as fraudes, em 2014, porque foi afastado de atribuições pelos chefes da Superintendência Federal da Agricultura no Paraná. Ele diz que essa era uma prática comum com profissionais que fiscalizaram as empresas corretamente e incomodavam o esquema.

"A minha ex-chefe [Maria do Rocio Nascimento] tinha me tirado atribuições. Então, eu tive mais tempo para fiscalizar melhor os frigoríficos. A gente tem, geralmente, cinco, seis ou sete frigoríficos para cuidar. É impossível fazer um bom trabalho com esse número. Como sou mais criterioso e as empresas reclamavam de mim, eu fiquei só com dois, por retaliação. Foi aí que me debrucei em toda a pesquisa da fraude", conta ao G1.

(AF)