Três policiais vão a júri popular a partir desta segunda-feira (13) pela morte de Paulo Henrique Porto de Oliveira, de 18 anos. Ele foi assassinado há dois anos durante uma perseguição policial.
Oliveira e Fernando Henrique da Silva, de 23, eram perseguidos por estarem em uma moto roubada, em 7 de setembro de 2015, no Butantã, na Zona Oeste de São Paulo. Uma das vítimas foi jogada do alto do telhado de uma casa quando foi abordada. A outra chegou a ser rendida pela polícia a acabou morta a tiros.
No total, seis policiais serão levados a júri popular pelas mortes dos rapazes. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, o julgamento dos policiais militares Tyson Oliveira Bastiane, Silvano Clayton dos Reis e Silvio André Conceição será realizado na segunda-feira (13), na Fórum Criminal da Barra Funda. Eles são réus no processo da morte de Oliveira.
Os policiais Flávio Lapiana de Lima, Fábio Gambale da Silva e Samuel Paes, acusados da morte de Silva, serão julgados em outro júri, no dia 27 de março. Os agentes estão presos à espera do julgamento. Todos os réus negam o crime e alegam que agiram em legítima defesa. Disseram que revidaram os disparos feitos pelas vítimas.
Para a juíza Giovanna Christina Colares, da 5ª Vara do Júri do Fórum da Barra Funda, os policiais devem responder pelas execuções de Paulo e Fernando.
De acordo com a sentença, além de homicídio doloso qualificado (com intenção e por meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo torpe), os policiais são acusados de cometer fraude processual, falsidade ideológica e até porte ilegal de arma.
O G1 não conseguiu localizar os advogados de defesa dos réus para comentar sobre os julgamentos.
Reprodução: G1