Após ter dito que o cantor-vereador Igor Kannário (PHS) fez um pedido de retratação sobre as suas polêmicas declarações que associaram a Câmara de Vereadores de Salvador ao crime organizado, o presidente da Casa, Leo Prates (DEM), disse que acha muito cedo para opinar se o caso termina ou não em cassação.
“É muito prematuro qualquer tipo de avaliação sobre cassação de mandato. Ainda não ouvi os colegas, então é muito prematuro. O que eu posso dizer a vocês é que qualquer tipo de avaliação será feita coletivamente dentro da Câmara Municipal”, argumentou, em entrevista ao bahia.ba, no início da tarde desta terça-feira (28).
Ciente da gravidade das declarações do colega, Prates adiantou que ele fará uma retratação oficial em seu Facebook. “Eu acho que o vereador Kannnário se excedeu no domingo.
Ontem ele procurou se retratar, só que isso não cessa nenhum tipo de avaliação da Câmara”, avaliou. Aliado político do pagodeiro, o democrata aproveitou o momento para reforçar que “a avaliação da Câmara é coletiva, e que os organismos da Casa estão funcionando nesse caso”, a exemplo da Procuradoria, que já disse que vai acionar o Ministério Público do Estado para pedir apuração da denúncia do vereador.
Prates ainda lembrou que a todo momento qualquer vereador pode acionar a Corregedoria, que é a primeira etapa para um processo no Conselho de Ética. “Então, não cabe a mim avaliar se houve ou não uma retratação de Kannário, mas sim a partir de segunda-feira me colocar como magistrado e aguardar qual é a ação que Câmara vai decidir”, explicou.
O presidente ainda não quis falar sobre prazos, pois, conforme ele, há regimes burocráticos que devem ser acionados antes de qualquer decisão. Antes, porém, alertou que não é um processo rápido, uma vez que a “a Câmara não vai se expor em ter qualquer decisão revertida na Justiça, para isso temos que respeitar o direito à ampla defesa e ao contraditório, e eu confio muito no trabalho do professor Edvaldo Brito”, disse, sobre o responsável pela Corregedoria.
(Bahia.ba) (AF)