A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) finalizou, esta semana, os serviços de adequação da infraestrutura das redes de água e esgoto para atender os circuitos do Carnaval de Salvador. As ligações provisórias de abastecimento de água são realizadas após a conclusão da montagem dos camarotes, módulos e contêineres sanitários. Este ano, além dos camarotes, a empresa vai atender 43 postos da Polícia Civil; 27 postos da Polícia Militar; nove postos do Corpo de Bombeiros; 12 postos da Secretaria Municipal da Saúde; dois postos da Secretaria Estadual da Saúde; 74 contêineres sanitários da Limpurb, além de duas ligações de alta pressão para lavagem de ruas do circuito Osmar (Campo Grande). A Embasa também abastece, em suas unidades operacionais do Garcia, Lucaia e da Bolandeira, os caminhões-pipa a serviço da Limpurb, que fazem a limpeza dos demais trechos por onde passa a folia momesca.
A estrutura provisória também prevê limpeza, lavagem e inspeção das redes coletoras que perpassam os circuitos, além de vistorias nas ligações de esgoto realizadas pelos responsáveis por camarotes e postos de serviços públicos. Cestas com peneiras metálicas foram colocadas em 14 poços de visita que servirão de descarga para os trios elétricos, retendo objetos como latas, copos e garrafas, evitando entupimentos na rede. Durante o período do Carnaval, a Embasa também disponibiliza equipes de plantão, com aproximadamente 70 colaboradores voltados diretamente para o atendimento de ocorrências nos três principais circuitos da festa.
COMBATE ÀS FRAUDES | Visando melhorar a qualidade do abastecimento e reduzir perdas de água na região dos circuitos, a Embasa vem desenvolvendo, desde o final do ano passado, uma série de ações de controle e combate às ligações clandestinas na rede distribuidora de água. “A medida faz parte do planejamento anual envolvendo as festas populares 2016/2017. Boa parte destas intervenções foram realizadas aos finais de semana, sobretudo na região do Centro, devido ao alto fluxo de pedestres e veículos na redondeza”, explica Israel Martins, gerente setorial de comercialização da Embasa.
Entre dezembro de 2016 e fevereiro deste ano, foram flagrados cerca de 40 casos de irregularidades em localidades como Centro, Centro Histórico, Campo Grande, Avenida Sete, Barra e Ondina. As ligações clandestinas são retiradas e os responsáveis estão suscetíveis à aplicação de multa, calculada a partir da média do consumo não registrado, somado ao valor gasto com os serviços executados para a retirada da fraude. A prática de furto de água é qualificada crime contra o patrimônio, de acordo com o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, cujo parágrafo 3º, ao tratar de furtos, equipara “à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. A pena prevista na lei é reclusão de um a quatro anos e multa.
Gerência de Comunicação Social da Embasa/ Foto: Acervo Embasa